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A pesquisa que conecta sal, hipertensão e rins

Pesquisas e descobertas médicas

A ciência mostra que pequenos detalhes do nosso dia a dia, como o sal na comida, podem ter grandes impactos na saúde. Por isso, a pesquisadora Lucienne da Silva Lara Morcillo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dedica-se a decifrar a complexa relação entre o consumo de sal e as doenças renais e cardiovasculares. Sua pesquisa é pioneira ao desvendar os mecanismos moleculares por trás da hipertensão sensível ao sal. Essa condição, aliás, afeta milhões de pessoas no mundo. Assim, a professora e sua equipe buscam identificar novos alvos para o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes.

A fisiologia e a farmacologia cardiorrenal são os principais campos de atuação da professora Lucienne. Ela, por exemplo, se concentra em entender o Sistema Renina-Angiotensina (SRA), um sistema hormonal crucial que controla a pressão arterial e o balanço de fluidos. O desequilíbrio do SRA, por sua vez, está diretamente ligado a condições como hipertensão e à progressão da doença renal crônica. A vasta produção científica da professora, com artigos e palestras, é um testemunho de sua liderança e influência.


Uma nova visão sobre o sal

Um dos trabalhos mais recentes e de grande impacto da Professora Lucienne é o artigo “Treatment with YKL-05-099, a salt inducible kinase (SIK) inhibitor, attenuates salt-sensitive hypertension: The molecular outcomes of SIK in the kidney. Publicado em 2025 na prestigiada revista Experimental and Molecular Pathology, este artigo oferece uma nova perspectiva para o tratamento da hipertensão induzida por sal. Mas, afinal, o que faz deste trabalho tão notável?

O artigo apresenta uma investigação detalhada sobre a quinase induzida por sal (SIK). Esta enzima, como o nome sugere, é ativada pelo excesso de sal na dieta. A professora e sua equipe testaram um inibidor seletivo da SIK, a substância YKL-05-099, em um modelo experimental de hipertensão. Eles demonstraram que o tratamento com este inibidor preveniu o desenvolvimento da hipertensão sensível ao sal.

O trabalho da professora Lucienne está em sua abordagem multifacetada. A pesquisa não se limitou a medir a pressão arterial. Em vez disso, aprofundou-se nos mecanismos moleculares. O estudo revelou que a inibição da SIK impede o dano renal, o estresse oxidativo e a inflamação. Isso tudo é causado pela dieta rica em sal. Em outras palavras, o tratamento com a substância não só diminuiu a pressão, como também protegeu os rins. Esse resultado abre um caminho promissor para o desenvolvimento de terapias. Elas combatem a causa-raiz da hipertensão sensível ao sal, em vez de apenas tratar os sintomas.


Da pesquisa à solução: o futuro do tratamento da hipertensão

A pesquisa de Lucienne vai além do artigo sobre a SIK. Suas descobertas têm o potencial de revolucionar o tratamento da hipertensão. Por muito tempo, o foco esteve em medicamentos que atuam no SRA de forma ampla. No entanto, o trabalho da professora mostra que alvos mais específicos, como a SIK, podem ser mais eficazes e com menos efeitos colaterais.

A professora e sua equipe também estudam outros aspectos da fisiologia renal. Por exemplo, eles investigam o papel dos transportadores de sódio no desenvolvimento de doenças. Eles buscam entender como o corpo tenta se adaptar ao excesso de sal. Afinal, por que essa adaptação falha em indivíduos com sensibilidade? A pesquisa de Lucienne é fundamental para a medicina de precisão. Por fim, ela identifica mecanismos específicos que podem ser tratados com terapias direcionadas.


Um legado de inovação

A influência da professora Lucienne se reflete nas suas publicações e, principalmente, na formação de novos cientistas. Por meio de seu trabalho, ela garante que seu conhecimento e paixão sejam transmitidos às futuras gerações.

Em conclusão, o trabalho de Lucienne da Silva Lara Morcillo é um exemplo brilhante. Ela mostra como a ciência pode resolver problemas reais e impactar vidas. Seu estudo sobre a SIK é um marco, mas é apenas uma parte de sua carreira dedicada à inovação. Ela prova, dessa forma, que a ciência brasileira está no mesmo patamar das grandes potências globais.

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